terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Diário de uma desempregada parte 2!

Algumas pessoas parecem que nascem com a vida toda programada.
Nascem, entram na escola, entram na faculdade... Pública, naquele super curso que todo pai quer ver seu filho e ainda por cima de primeira.
Vivem para estudar,ou senão arrumam super estágios em mega empresas. Se formam (tem colação e baile de formatura), saem da faculdade direto pra uma excelente empresa.
Viajam, fazem curso no exterior, arrumam aquele partido de dar inveja a todos (as)... e por aí vai.

Como raios essas pessoas fazem isso?
Why not me, damn!

Que inveja eu tenho dessas pessoas... porque minha vida não poderia ser programada assim? O que eu fiz de errado?

Eu acho que sei porque essas pessoas são assim, acho que elas fazem o que seus pais querem, mandam. Watahell, ninguém mais olha currículo, só vê o sobrenome do fulano famoso?

Uma das piores coisas ao se ficar desempregado, além de escutar todo mundo falando pelas costas que você errou, são os olhares. Olham pra você como um inútil, do tipo: “se fudeu, eu te avisei que você não devia ter feito essa faculdade”... e no final sugerem: “faça uma pós em MBA executivo.”.


Vou ali me matar e já volto...



quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

A favor da VIDA!

Vamos colocar um pouco de polêmica e cultura neste blog, afinal de contas eu não tenho mais uma classe de faculdade pra falar mal não é? (uhuuu, consegui fazer piada com o episódio!)

Me deparei com esta notícia:

Alimentação da italiana que ganhou o direito de morrer será reduzida na sexta
Procedimento vai iniciar a eutanásia de Eluana Englaro, de 37 anos.
Caso provoca polêmica na Itália, e Berlusconi prometeu intervir.
Do G1, com agências internacionais
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O neurologista Carlo Alberto de Fanti informou nesta quinta-feira (5) que a redução da alimentação da italiana Eluana Englaro vai começar nesta sexta.
A família de Eluana ganhou o direito de deixá-la morrer depois de 17 anos de estado vegetativo. Ela está em coma desde que sofreu um acidente de carro em 1992.
Fanti, um dos encarregados de cuidar de Eluana em uma clínica de Udine, disse que "seguirá estritamente o protocolo".
A equipe de voluntários vai suspender progressivamente a alimentação e a hidratação dela, mas sem retirar a sonda nasogástrica que a mantém viva, até sua morte, conforme autorizado pela Justiça da Itália depois de uma batalha judicial de dez anos.
Segundo os especialistas, Eluana deve demorar pelo menos duas semanas para morrer.
O caso Eluana provocou polêmica e debate na Itália. O premiê Silvio Berlusconi disse que está estudando aprovar um decreto urgente para barrar a sentença.

'Silêncio e respeito'
O pai de Eluana pediu silêncio e respeito nos últimos dias da filha.
Em declarações publicadas na quarta pelo jornal "La Repubblica", Giuseppe Englaro pediu que "se coloque uma cortina" ao redor da cama da filha.
Giuseppe Englaro disse que não voltará a falar até que "termine tudo".
A família Englaro pediu na terça-feira, por intermédio de seu advogado, Vittorio Angiolini, que "o episódio final desta tragédia seja concluído com silêncio" e anunciou que não serão emitidos boletins médicos sobre o estado de Eluana.
A decisão de permitir o fim da vida de Eluana gerou um imenso debate na Itália, com o Vaticano apoiando os adversários do "direito de morrer".
Em 21 de janeiro, um tribunal de Milão derrubou uma decisão de autoridades regionais que impedia os hospitais da região de cooperar com o fim da vida de Eluana. Isso encerrou a batalha judicial de dez anos travada pelo pai de Eluana, Beppino.
Um clínica geriátrica de Udine ofereceu-se para encerrar a vida de Eluana, dizendo-se preparada para os procedimentos.
No domingo, o Papa Bento XVI rejeitou a eutanásia como uma "falsa resposta" ao sofrimento, dizendo que aqueles que estão com dor deveriam ter ajuda para enfrentá-la. O pontífice apoiou a campanha da Igreja Católica contra a eutanásia de Eluana.
Fonte:
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL987785-5602,00-ALIMENTACAO+DA+ITALIANA+QUE+GANHOU+O+DIREITO+DE+MORRER+SERA+REDUZIDA+NA+SEX.html

Médicos revelam que eutanásia é prática habitual em UTIs do país
CLÁUDIA COLLUCCI
FABIANE LEITE
da Folha de S.Paulo
ANTÔNIO GOIS
da Folha de S.Paulo, no Rio

Apesar de ilegal, a eutanásia --apressar, sem dor ou sofrimento, a morte de um doente incurável-- é ato freqüente e, muitas vezes, pouco discutido nas UTIs de hospitais brasileiros. Dezesseis médicos ouvidos pela Folha confirmam que hoje o procedimento é comum e vêem a eutanásia como abreviação do sofrimento do doente e da sua família.
Entre eles, há quem admita razões mais práticas, como a necessidade de vaga na UTI para alguém com chances de sobrevivência, ou a pressão, na medicina privada, para diminuir custos.
Há nove anos, quando a "boa morte" foi proposta por meio de projeto de lei no Senado, houve debate, e médicos relataram com destaque o dia em que aliviaram o sofrimento de pacientes.
A proposta caducou, mas ainda discute-se o assunto por meio do projeto de reforma de Código Penal, que se arrasta na Câmara.
Nos conselhos regionais de medicina, a tendência é de aceitação da eutanásia, exceto em casos esparsos de desentendimentos entre familiares sobre a hora de cessar os tratamentos.
"Vamos deixá-lo descansar". É assim que o médico avisa a família e dá início ao fim do sofrimento, diz o infectologista Caio Rosenthal, um dos conhecidos defensores da eutanásia quando não há mais recursos de tratamento.
Médicos e especialistas em bioética defendem, na verdade, um tipo específico de eutanásia, a ortotanásia, que seria o ato de retirar equipamentos ou medicações que servem para prolongar a vida de um doente terminal. Ao retirar esses suportes de vida, mantendo apenas a analgesia e tranqüilizantes, espera-se que a natureza se encarregue da morte.
Difere, portanto, da chamada eutanásia ativa, em que há ação direcionada para matar, como a administração de um veneno, como em "Mar Adentro", do espanhol Alejandro Amenábar, concorrente ao Oscar de filme estrangeiro e que estreou neste fim de semana em São Paulo.
Para o patologista Marcos de Almeida, é hipocrisia negar que a eutanásia seja praticada em UTIs brasileiras, onde é freqüentemente utilizado um coquetel de sedativos batizado de M1. "É feito de monte. O doente está em fase terminal, não se beneficia mais com a analgesia, o médico vai e aumenta a dose de sedação. Isso tem um efeito tóxico e vai levar o paciente à morte."
Ainda segundo Almeida, professor de bioética da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a palavra eutanásia ficou estigmatizada, e as pessoas têm medo de usá-la. Ele acha necessário que uma legislação estabeleça critérios e condutas éticas para uma morte sem sofrimento. "A morte é um preço que merece ser pago para o alívio da dor", afirma.




Polêmico não?!

Bom, tirando as questões religiosas, achando que Deus não tem nada a ver com a história e o Papa deveria se incomodar com coisas mais graves (como a pedofilia dos padres) do que meter o bedelho onde não foi chamado.
Sempre fui a favor da vida. Uma vida independente, plena, a qual todos deveriam ter.
Essa garota provavelmente teria morrido no acidente. Fizeram de tudo para salvar sua vida, mas nada deu resultado. Ela vive há 17 anos em estado vegetativo. Isto é vida? É assim que um ser - humano deveria estar?
Li comentários que se fosse para ela morrer, Deus teria feito isso. Se formos olhar para esse lado, Deus queria que ela tivesse falecido no acidente, são máquinas que a mantém viva, ou seja, ela só está “viva” graças a máquinas. Isso é vida?
Também teve gente que falou que os pais estão procurando a alternativa mais fácil para eles. Duvido, os pais foram egoístas por tempo demais em manter essa moça “viva”. Era muito mais fácil pra eles esperarem por um milagre do que deixar a filha partir. São raros os casos de pessoa que voltam do coma. Aqui deixemos claro uma diferença entre coma e estado vegetativo. Nunca ouvi falar de casos de pessoas que voltam “normais” de estados vegetativos.

Não sou uma radical. Sou a favor da vida. Já disse à amigos e familiares, se algo acontecer a mim, se eu ficar presa à uma cama totalmente dependente, arrumem um jeito de dar cabo da minha vida.
Estar no estado que essa italiana se encontra não é vida, não é viver, é sofrer.

Sou a favor de abreviar o sofrimento de qualquer pessoa em estado terminal da vida. Não precisamos sofrer, sofrer para que? Porque Jesus sofreu, porque é a vontade de Deus?
Não acho que Deus quer que soframos.

Assim como a doação de órgãos, a eutanásia deveria ser algo escolhido por cada pessoa. Cada um sabe o que quer ou não da própria vida. E acho que ninguém gostaria de passar anos sofrendo, ou preso à uma cama em estado vegetativo.

É duro de encarar, mas todo mundo um dia vai morrer. Agora se você puder escolher, de que jeito morreria: sofrendo ou não?

CINCO MANEIRAS DE INTEFERIR NA VIDA

O que abrevia a vida quando o paciente está desenganado e o que pode prolongá-la desnecessariamente.
Eutanásia ativa - É a forma mais radical de cortar a vida aplicando drogas letais ou desligando aparelhos que promovem respiração mecânica.
Eutanásia passiva - Deixar de prolongar o sofrimento por meios artificiais, considerando que todas as possibilidades terapêuticas se esgotaram. O médico pode participar do processo natural da morte tirando a dor com doses fortes de analgésicos.
Distanásia - Adiar a morte de forma lenta. Ocorre por meio de procedimentos adotados para estender a vida em casos irreversíveis. É chamada também de obstinação terapêutica
ONR (Do Not Resuscitate, não ressuscitar) - Cartão que indica que o porta dor não deseja ser reanimado ou submetido à manobra para prolongar a vida. É usado nos Estados Unidos.
Suicídio assistido - Oferecer meios, como drogas, e orientação para que o paciente se mate. Pode ocorrer na presença ou não do médico. Nos Estados Unidos, o patologista Jack Kevorkian cumpre pena de prisão perpétua no estado de Michigan por te proporcionado a morte a 130 pessoas com uma engenhoca que desenvolveu e batizou de "máquina do suicídio". Ela aplicava drogas letais, sendo acionada pelo próprio doente.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Diário de uma desempregada!


Eu sou uma desempregada à beira de um colapso de nervos.
Quantos dias eu estou desempregada? Há 3 dias...

Sim, eu sou doida varrida, que não agüenta ficar em casa sem nada de útil para fazer. Mas tudo isso é culpa minha, enfim.

Eu e minha maldita mania de não seguir aquilo que eu quero. Tinha que me deixar levar pelos outros... watahell.
Se eu tivesse seguido meu plano original era para ser assim: 31 de dezembro, hora de dar tchau e procurar outra coisa. Certo? Mas não. Fui levada pelos comentários de que: “ah, fica lá, pelo menos você tem registro, fica lá uns 2 anos depois você sai. Não vá ficar desempregada”.
Então tudo bem, fiquei... e o que aconteceu? Eis me aqui desempregada, perdendo 1 mês da minha vida. Sucesso não é?
E para ajudar, eu escolhi um ótimo momento para ficar desempregada: Sim, estamos numa puta crise lascada, eu moro numa cidade que é pior que cidade de mafioso italiano. Só consegue emprego na mídia quem é filho/conhecido/amigo de vereador ou alguém importante. Como eu sou pouca bosta (ou muita, nunca se sabe) eu me fodo.

Todo o trabalho escravo de 4 anos de estágio não valeram nada. E nem vão valer, afinal de contas, para valer teria que ter carimbo na carteira de trabalho, carta de trabalho prestado, provas de que eu realmente trabalhei lá... Pois é, num tenho nada disso.

E eu que pensei que depois de formada as coisas iam melhorar.

Mas quem mandou eu ser burra não é? Se eu tivesse seguido o que todo mundo me falou e feito qualquer outra coisa, menos jornalismo, agora tudo estaria bem... Aprende otária. Vou ter q acabar virando vendedora de loja de bijuteria no shopping, afinal, esse foi o único emprego que apareceu até agora.

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