quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Hoje...


Eu, que já não tenho autoestima, acordei me sentindo um nada...
Aquele “nada” do sentido literal da palavra. Acordei me sentindo uma peça de lego, só que sem lugar para me encaixar...
Em cada ambiente que eu chegava, me sentia uma intrusa, como se não pertencesse a nenhum ambiente em que entrava. Aquela peça do quebra-cabeça perdido, que ninguém quer.
Acordei sentindo a sua falta... E aquelas poucas horas que você foi presente na minha vida, não como amigo, mas como alguém. E isso foi há tanto tempo. .. Ano após ano eu ainda espero você acordar e voltar a me enxergar. Será que você é meu destino? Será que um dia você vai acordar e se dar conta de que sou eu quem você procura? Acho que não. Após anos, isso já deveria ter acontecido.
E está ai outro problema. Muita gente me vê, mas não me enxerga. Vê só a menina com cara de ingênua e que se fecha a qualquer tentativa de aproximação. Ninguém enxerga as feridas que me fizeram, assim como ninguém consegue ver que a menina assustada só precisa de proteção.
Acordei achando que estou na profissão errada. Que nunca serei boa o bastante. Que ninguém nunca lerá o que eu escrevo e que nunca farei a diferença na vida de ninguém. O que é uma pena, porque ao que parece, jornalismo é a única coisa que sei fazer na vida.
Acordei me sentindo invisível. Não que isso seja tão ruim, já que eu odeio chamar atenção. Mas confesso, que mesmo assim, ando pelas ruas em busca de um olhar, nem que seja por um segundo, de alguém que note a minha presença.
E agora, está na hora de dormir. E acordar amanhã de novo, desejando que toda essa sensação desapareça e não passe de um sonho.
Mas, a única coisa que ainda será real é o fato de não ter ninguém pra me abraçar, olhar nos meus olhos e dizer: “Sua idiota, eu estou aqui. Tudo vai ficar bem”... Onde você está afinal?

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