
Eu digo para todo mundo que não quero me casar, e descobri que eu nem poderia mais. Afinal de contas o Murphy já resolveu me desposar. E por mais que eu tente ele é pior que Trident em sola de sapato, não sai nem por decreto. Ele é tão fixo quanto o Sarney no Senado: eterno.
Uma boa prova disso foi hoje, uma típica sexta-feira 13. Sabe aqueles dias que você tem toneladas de coisas para fazer e não pode perder tempo? O pior de tudo é que eu estava realmente com disposição para fazer tudo e descansar no final de semana.
Foi então que a dona energia elétrica resolveu cair. Duas horas sem energia. Quando a CPFL resolveu o problema vejo eu que meu modem não está funcionando, tiro da tomada e nada de voltar. Vou ligar a televisão e descubro que a Net está fora e o melhor de tudo, sem previsão de volta. Mais uma hora e meia depois a dita cuja resolveu voltar.
E aí você visualiza minha cara de choro e desespero. Com tanta tecnologia no mundo eu fui traída justamente por ela. Maldição.
Alias essa não é a primeira vez que isso acontece e me faz crer que eu sou a senhora Murphy. Seja em relacionamento, trabalho, amizade, família. Em tudo eu tenho uma história digna de espanto para contar. E juro, que se não tivesse acontecido comigo eu também não acreditaria. É muito azar para uma pobre pessoa só. Chega ao cúmulo que minha bolacha cai com o requeijão para baixo, em cima de uma barata morta e ainda é levada pelas formigas.
Deu para entender a minha situação não é? Ainda acho que titio Silvio Santos está perdendo um enorme dinheiro em não comprar os direitos autorais da minha vida. Eu seria uma história muito melhor que a da Maria do Bairro ou Maria não-sei-o-que-lá que ele resolve passar. Novela mexicana é meu forte. Juro que a cada situação parecida eu me deparo com as musiquetas bregas dessas novelas; e confesso que eu tenho medo que alguém Jorge Roberto ou qualquer com combinação de nomes tosca se declarar para mim.
Obs.: Eu disse combinação tosca, não tenho nada contra nomes duplos desde que os pais tenham bom gosto.