segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Eh saudades...


Hoje, dia 30 de janeiro é dia da saudade.

E por acaso saudades lá tem dia certo pra aparecer?

Saudades não tem dia, não tem hora, lugar ou pessoa. Saudade a gente sente. É aquilo que dói e a gente não sabe explicar. É a tristeza repentina. É o brilho do saudosismo no olho.

É aquela lágrima involuntária que cai, sem a gente perceber. É o filme dos melhores momentos da nossa vida, que do nada aparece na nossa frente. É aquela cara de "ué" que a gente faz quando sente falta de alguém que nem lembrava mais.

É o sorriso no canto da boca que se abre quando você lembra de algo. É o sorriso escancarado que se abre quando alguém fala o nome. É a felicidade da criança interior e do "eu lembro!" quando alguém fala algo da infância.

É a vontade de abraçar, de estar perto novamente; de atravessar o mundo pra que isso aconteça. É desejar ter aproveitado melhor o tempo, ter abraçado, beijado, andado de mãos dadas e dito: "Eu te amo". É a falta dos ensinamentos, do orgulho estampado no rosto de outrem, sem que ele peça na da em troca.

É o vazio, que dói no fundo do estômago ao lembrar de quem já não está mais nesse mundo, mas que, lá de cima, ainda cuida da gente. É fazer as coisas pensando em: "nossa, ele(a) ia se orgulhar de mim".

É o choro do abandono. É o molhar o travesseiro de lágrimas porque alguém não lembra mais de você. É o orgulho ferido em não admitir: "Vem cá seu (sua) idiota, eu gosto de você".

É querer voltar a ser criança, voltar a escola, voltar a brincar. É assumir que cresceu rápido demais. É não querer mais as responsabilidades de gente grande. É querer que "gente grande" volte a ser criança.

É querer as melhores amigas(os) por perto sempre. É relembrar de tudo o que já fizeram juntos e rir sozinho, andando na rua de cada momento e desejar que tudo voltasse, pelo menos mais uma vez.

É o não conseguir respirar quando a mensagem que chega não é dele(a). É a frustração de procurar em todos os cantos e não achar; de querer encontrar, tocar, abraçar e só em um olhar resolver tudo... Ah matar as saudades...

É ficar horas e horas pensando nos momentos, relembrando diálogos, abraços, passeios, beijos e olhares. É abrir aquele sorriso bobo na música favorita. É fazer cara de idiota quando ele(a) passa, te vê, mas não te enxerga.

É querer fazer tudo de novo; fazer tudo novo. É pedir perdão, assumir a saudades e todo o sentimento que fica guardado, transborda e não cabe na gente. É o momento que a gente pensa: "E se eu tivesse feito diferente? Se eu tivesse dito que gostava dele(a)? E se? E se?"... A saudade e os "e se" da vida.

É olhar para trás e dizer: Valeu a pena. É olhar as pessoas e saber: Você marcou a minha vida, não saia dela nunca mais; volte de vez em quando, que você será bem vindo.

Eh saudades... Você nos faz tão bem...

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